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Vista panorâmica de um dos mirantes do Parque |
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Sede do Ibama em Chapada Gaúcha |
Localizado nos municípios de Formoso, Arinos, Chapada Gaúcha, Januária e São Francisco, no noroeste de Minas Gerais, e Cocos, no sul da Bahia, em área de 231. 000 (ha), a criação do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, em 1989, teve a colaboração da organização não-governamental Fundação Pró-Natureza – FUNATURA. O nome é uma homenagem à obra prima de Guimarães Rosa, que retratou a região e sua gente de forma primorosa. Hoje, a FUNATURA administra o Parque em parceria de co-gestão com Instituto Chico Mendes. O Grande Sertão Veredas, um dos maiores parques do Cerrado, preserva um ecossistema de regiões secas do país, rico em espécies medicinais e de composição florística própria.
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Vista parcial do Parque |
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Vista parcial do Parque |
Nada menos que 623 espécies de plantas foram catalogadas no Parque. A que melhor simboliza o Grande Sertão Veredas é o buriti, palmeira de grande ocorrência ao longo dos rios, nas chamadas veredas, espécie de oásis ou locais alagadiços, com vegetação composta por árvores pequenas e retorcidas em meio às pastagens naturais de gramíneas, cercadas por árvores de porte alto, como o barbatimão, a sucupira, o pau-terra, o jatobá e o pequizeiro.
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Vereda de Buritis |
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Cássio Avelino do Néctar do Cerrado entre
um pé de Mangaba (lado direito) e um jovem
pé de Jatobá (lado esquerdo) no interior do Parque |
Nos campos do Parque, emas e seriemas podem ser avistadas com extrema facilidade. A rara arara-canindé, que se alimenta dos frutos das palmeiras e faz seus ninhos no buritis, também aparece em quantidade considerável. E a coruja-buraqueira, os tucanos e o pica-pau do cerrado ocorrem com freqüência. Entre os mamíferos ocorrem pelo menos 56 espécies, ou seja, um terço daquelas características do Cerrado. São, por exemplo, o tatu-canastra, o veado-campeiro, o gato-palheiro e a suçuarana, todos animais ameaçados de extinção e que encontra no Grande Sertão Veredas uma certa proteção.
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Plantação de Soja vizinha ao Parque
com uma Ema ao fundo |
A ocupação humana da região se confunde com a do Vale do Rio São Francisco, habitada por populações pré-históricas há 11 mil anos. Depois passaram pelo local os índios caiapós e os bandeirantes. Mais recentemente, a população é pequena e esparsa, sobrevivendo à custa da agricultura de subsistência, do agroextrativismo e da criação de gado. No final dos anos 70, o local começou a sofrer pressões advindas da expansão do cultivo de soja no cerrado como mostra a foto acima tirada em fevereiro desse ano na cidade de Chapada Gaúcha-MG.
Fonte: Cerrado Vivo - Ano VIII - Nº 15 e 16 - 2011 - FUNATURA - Fundação Pró-Natureza - www.funatura.org.br . Fotos: Rosana Zauli.