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domingo, 4 de março de 2012

ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA NO CERRADO NORTE MINEIRO


Experiências interessantes de organizações comunitárias que trabalham no aproveitamento dos frutos do Cerrado vêm sendo desenvolvidas no Norte de Minas e têm demonstrado que é possível promover sua conservação e ao mesmo tempo gerar renda às suas comunidades. No Norte de Minas, o povo tradicional das áreas de Cerrado é conhecido por Geraizeiro.  
Os sistemas de produção dos Geraizeiros consistem no plantio de lavouras diversificadas associadas à criação de animais e à preservação do Cerrado, como parte da estratégia produtiva a utilização da flora vem fornecendo, de forma extrativista, alimentos, remédios, forragem para o gado, fertilizantes, energia, fibra, resina, goma, matérias de construção, dentre outros recursos. Mas não há dúvida de que o mais importante é o uso de seus frutos como alimento.
Assim, devido aos Geraizeiros, o Norte de Minas ainda é caracterizado como importante área do Cerrado brasileiro, constituído por uma riqueza cultural associada ao agroextrativismo, do qual o pequi é o principal fruto extrativo.
A organização comunitária vem trazendo importantes benefícios aos Geraizeiros, tais como o intercâmbio de informações, a melhoria de qualidade de vida das pessoas, o aprendizado, o investimento, o aumento da renda, a oportunidade de diálogo entre poder público e sociedade, bem como a crença no potencial de transformação social e maior respeito ao bioma do Cerrado.
A seguir, alguns exemplos dessas organizações que desenvolveram um profundo conhecimento da biodiversidade do Cerrado e combinam dentro de sistemas produtivos a agricultura e o extrativismo. 

Cooperativa dos Agricultores Familiares e Agroextrativistas Grande Sertão

Fundada em 2003, mas com uma longa história de luta e organização, a Grande Sertão está ligada à atuação do Centro de Agricultura Alternativa, entidade que desde 1986 presta assessoria em agroecologia e desenvolvimento sustentável às organizações de agricultores do Norte de Minas.
A Cooperativa apóia a organização da produção e oferece infra-estrutura de transporte, beneficiamento e comercialização. Seus objetivos são buscar alternativas econômicas dentro dos princípios da sustentabilidade e ser um instrumento de suporte legal para comercialização da produção, possibilitando assim o acesso ao mercado consumidor.
Atualmente a Cooperativa beneficia e comercializa vários produtos: rapadura, açúcar mascavo, cachaça, pequi, óleos vegetais, sementes e polpas congeladas de frutas na sua maioria nativas do Cerrado, como a cagaita, coquinho azedo, araçá, cajá, umbu, entre outras. A produção envolve aproximadamente 3.600 agricultores, distribuídos em cerca de 400 comunidades rurais (algumas possuem unidades de beneficiamento próprias) de mais de 38 municípios do Norte de Minas (dados de 2008). Atualmente, 171 agricultores (as) extrativistas são cooperados.

Cooperativa de Catadores de Pequi de Japonvar – COOPERJAP

Criada em 1998, envolvendo diversas associações de produtores do município de Japonvar, os cerca de 200 cooperados vêm, desde 2002, recebendo apoio do Small Grants Programme (SGP), conhecido como Programa de Pequenos Projetos (PPP-ECOS) – uma linha de incentivo a projetos de conservação e uso sustentável da biodiversidade do Cerrado. Outro fator de grande importância na estruturação da COOPERJAP foi sua inclusão na modalidade do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) chamada Compra para Doação Simultânea, executada pela Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB. Por meio da garantia de compra, os cooperados atuam e no beneficiamento de frutos do Cerrado para o abastecimento das escolas públicas. Esse programa vem aumentando a renda dos cooperados, bem como incentivando o plantio de frutíferas e ampliando a divulgação da COOPERJAP.
Atualmente envolve nove comunidades, dentre as quais sete têm unidades de processamento de pequi, chamadas de mini-unidades de despolpa. Essas unidades recebem o fruto inteiro e realizam o processamento inicial da polpa. O trabalho envolve de jovens a adultos e assim oportuniza a fixação dos mais novos nas áreas rurais.
Pequi em Conserva e Licores
O processamento do pequi tem se mostrado importante na geração de trabalho e renda, inclusão social, organização comunitária, valorização do produto, redução de desperdício dos frutos, ampliação do tempo de comercialização, bem como na divulgação do município.

Cooperativa Agrossilviextrativista Sertão Veredas

Criada em 2006, por agricultores familiares que vivem em comunidades dos municípios da região do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, do Parque Estadual Serra das Araras e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Veredas do Acari, a Cooperativa vem organizando a produção juntamente com as comunidades tradicionais e quilombolas, os quais somam 48 cooperados que atuam na cadeia produtiva do Cerrado, nas atividades de coleta, transporte, classificação, padronização, armazenamento, beneficiamento e comercialização de frutos, farinha de mandioca, açúcar mascavo, rapadura, castanha de baru, mel, licores, dentre outros produtos.
 Exposição de produtos na loja da Cooperativa
 O principal objetivo da Cooperativa é trabalhar, de forma sustentável, com produtos agroextrativos do Cerrado, agregando valor através de uma unidade de beneficiamento implantada no município de Chapada Gaúcha. Dessa maneira, promove incremento na economia local valorizando o Cerrado e seus produtos.
Artesanato
Castanha de Baru








Licores

Associação dos Pequenos Produtores de Derivados de Frutos do Cerrado – ASFRUCE

Fundada em 2006, na cidade de São Francisco, com objetivo de gerar renda, inclusão social e aumento da qualidade de vida do homem do campo, através do extrativismo e beneficiamento dos frutos, castanhas e oleaginosas predominantes no Cerrado norte mineiro, com o compromisso do desenvolvimento sustentável, de forma organizada e responsável.

Sede da ASFRUCE
Com essa perspectiva a ASFRUCE vem abrindo seus horizontes e promovendo o fortalecimento da agricultura familiar, garantindo o complemento de renda de aproximadamente 613 famílias de agricultores dos municípios de São Francisco, Luizlândia, Icaraí de Minas, Pintópolis, Ponto Chique, Ubaí, Urucuia e Arinos.
Lavagem e seleção do Umbu para despolpa
Lavagem e seleção das frutas




Máquina de envazar
Castanha de Baru
Despolpadeira de frutas
Com esse trabalho a ASFRUCE vem contribuindo para a permanência dos agricultores em suas localidades, diminuindo o êxodo dos trabalhadores na busca de emprego no corte de cana e colheita do café em São Paulo.


Fonte: A Cadeia Produtiva do Pequi no Norte de Minas Gerais / Sandra Regina Afonso & Igor S. H. de Carvalho. Brasília, 2009. Folder Institucional da Cooperativa dos Agricultores Familiares e Agroextrativistas Grande Sertão. Folder Institucional da Associação dos Pequenos Produtores de Derivados de Frutos do Cerrado de São Francisco - ASFRUCE. Fotos da Cooperativa Agrossilviextrativista Sertão Veredas e da ASBRUCE de Rosana Zauli e Fotos de divulgação Institucional.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

PARQUE NACIONAL GRANDE SERTÃO VEREDAS

Vista panorâmica de um dos mirantes do Parque

Sede do Ibama em Chapada Gaúcha
Localizado nos municípios de Formoso, Arinos, Chapada Gaúcha, Januária e São Francisco, no noroeste de Minas Gerais, e Cocos, no sul da Bahia, em área de 231. 000 (ha), a criação do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, em 1989, teve a colaboração da organização não-governamental Fundação Pró-Natureza – FUNATURA. O nome é uma homenagem à obra prima de Guimarães Rosa, que retratou a região e sua gente de forma primorosa. Hoje, a FUNATURA administra o Parque em parceria de co-gestão com Instituto Chico Mendes. O Grande Sertão Veredas, um dos maiores parques do Cerrado, preserva um ecossistema de regiões secas do país, rico em espécies medicinais e de composição florística própria.                                                    
Vista parcial do Parque
Vista parcial do Parque
Nada menos que 623 espécies de plantas foram catalogadas no Parque.  A que melhor simboliza o Grande Sertão Veredas é o buriti, palmeira de grande ocorrência ao longo dos rios, nas chamadas veredas, espécie de oásis ou locais alagadiços, com vegetação composta por árvores pequenas e retorcidas em meio às pastagens naturais de gramíneas, cercadas por árvores de porte alto, como o barbatimão, a sucupira, o pau-terra, o jatobá e o pequizeiro.
Vereda de Buritis

Cássio Avelino do Néctar do Cerrado entre
um pé de Mangaba (lado direito) e um jovem
pé de Jatobá (lado esquerdo) no interior do Parque
Nos campos do Parque, emas e seriemas podem ser avistadas com extrema facilidade. A rara arara-canindé, que se alimenta dos frutos das palmeiras e faz seus ninhos no buritis, também aparece em quantidade considerável. E a coruja-buraqueira, os tucanos e o pica-pau do cerrado ocorrem com freqüência. Entre os mamíferos ocorrem pelo menos 56 espécies, ou seja, um terço daquelas características do Cerrado. São, por exemplo, o tatu-canastra, o veado-campeiro, o gato-palheiro e a suçuarana, todos animais ameaçados de extinção e que encontra no Grande Sertão Veredas uma certa proteção.
Plantação de Soja vizinha ao Parque
com uma Ema ao fundo
A ocupação humana da região se confunde com a do Vale do Rio São Francisco, habitada por populações pré-históricas há 11 mil anos. Depois passaram pelo local os índios caiapós e os bandeirantes. Mais recentemente, a população é pequena e esparsa, sobrevivendo à custa da agricultura de subsistência, do agroextrativismo e da criação de gado. No final dos anos 70, o local começou a sofrer pressões advindas da expansão do cultivo de soja no cerrado como mostra a foto acima tirada em fevereiro desse ano na cidade de Chapada Gaúcha-MG.

Fonte: Cerrado Vivo - Ano VIII - Nº 15 e 16 - 2011 - FUNATURA - Fundação Pró-Natureza - www.funatura.org.br . Fotos: Rosana Zauli.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A OPINIÃO PÚBLICA E A PRESERVAÇÃO DO CERRADO


“OITO EM CADA DEZ BRASILEIROS APÓIAM A 
CONSERVAÇÃO DO CERRADO”


Pesquisa nacional inédita realizada pelo IBOPE (uma das maiores empresas de pesquisa de mercado da América Latina) revelou que oito em cada dez brasileiro apóiam a conservação e não querem mais desmatamento sem controle no Cerrado, que ocupa um quarto de território nacional e é reconhecido como a savana mais rica em vida do planeta. Em apenas 50 anos, metade da vegetação original do Cerrado foi eliminada e há menos de 3% de sua área efetivamente protegida.



Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal e Cerrado são, nessa ordem, as formações naturais mais reconhecidas e consideradas as mais importantes pelos brasileiros, pela variedade de animais e plantas, tamanho, necessidade de conservação, capacidade de fornecer água e ar puro e, ainda, quanto ao seu potencial econômico. Em seguida, vêm a Caatinga (região Nordeste) e o Pampa (região Sul).

Para a pesquisa, encomendada pela ONG WWF-Brasil, foram realizadas duas mil entrevistas pessoais e individuais com brasileiros a partir de 16 anos, em 141 municípios de todas as regiões brasileiras. A margem de erro máxima sobre os resultados é de 2%, para mais ou para menos.



Fonte: www.wwfbrasil.org.br
Fotos: Rosana Zauli

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O CERRADO E SUAS VEREDAS

“Veredas são caixas d’água do Cerrado e 
precisam ser protegidas”   

Segundo Natalia Rust – bióloga e analista ambiental do Instituto Estadual de Floresta (IEF-MG) – coordenadora de unidades de conservação (UCs) e de educação ambiental do Escritório Regional do Alto Médio São Francisco em Januária, “as veredas tem o solo frágil, onde existem muitas nascentes, locais geradores de água e por isso deve existir uma política que minimize os impactos ambientais nessas regiões.  Não é necessário travar o desenvolvimento, mas a monocultura deve ser melhor pesquisada, com estudo de impacto ambiental bem feito ou, no futuro, a exploração desse solo deixará um grande passivo ambiental, como o que existe nos municípios de Bonito de Minas e Januária, onde monoculturas foram abandonadas e as terras estão descobertas. É preciso entender que,  as vezes, o Cerrado não se regenera, como o exemplo dos afluentes do rio Pandeiros e outros rios que secaram. As comunidades não têm mais acesso  à água e aos recursos extrativistas em determinada época do ano."                                                                             



 "Na Serra das Araras e, principalmente, na Reserva Estadual de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Veredas do Acari existe muito gado e realizamos a prevenção de incêndios incentivando a queima controlada. Às vezes, o fogo cresce a partir de propriedades muito pequenas. As comunidades precisam parar de queimar ou diminuir muito essa prática. No ritmo atual a reserva será toda cercada do gado será obrigatória. Os criadores entendem e estão trabalhando para não deixar o gado ir, pelo menos, até às veredas. O resultado desse trabalho só poderá ser avaliado em 2012, quando for divulgado os números de hectares (ha) queimados ou não.”

Ainda não existe uma lei específica de proteção do Cerrado, mas a responsabilidade pela preservação desse bioma é de todos os brasileiros. Por isso é importante conhecer e participar dos projetos desenvolvidos por ONG's com os programas dos governos federal, estaduais e municipais de conservação e manejo sustentável do Cerrado.



O Buriti é a palmeira símbolo do Cerrado e um indicativo infalível da existência de água, por isso, abundante nas veredas. 




Os talos e a palha de suas folhas são muito utilizados na cobertura de casas e no artesanato para a confecção esteiras e móveis. A fruta é utilizada para fabricação de doces, geleias, farinha, óleo, licor e cosméticos.




Coco de Xiriri ou Buritirana é uma palmeira também conhecida como mãe do sertão. Seu fruto é colocado na água e depois de algumas horas, solta um leite de ótima qualidade que é dado ás crianças como reforço alimentar no combate a desnutrição. De suas folhas e caule tira-se fibras e madeira de grande resistência.


A palmeira de coco babaçu é muito conhecida no sertão pelas suas inúmeras utilidades. O fruto é dotado de sementes comestíveis das quais se extrai o óleo, empregado sobretudo na alimentação, remédios e sabão, além de ser alvo de pesquisas avançadas. Da casca do coco é produzido o carvão. Da palha se cobre as casas e se estrai a fibra para o artesanato.



                                                        Sagarana - Clara Nunes


Fonte: Jornal do Mosaico - nº 05 - outubro de 2011 - Projeto de Gestão Integrada do Mosaico Sertão Veredas - Peruaçu. Projeto Sertão dá Flor: semeando saberes, cultivando saúde - Instituto Rosa e Sertão. Fotos de Rosana Zauli.



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

DIA NACIONAL DO CERRADO


O bioma Cerrado, desde 2003, tem um dia especial instituído pelo Decreto de 20.8.2003 e assinado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A instituição do dia 11 de setembro como o Dia Nacional do Cerrado, é importante para estimular a sociedade e as autoridades a pensarem mais sobre o que fazer em seu favor. 

O Cerrado é considerado a savana com a flora mais rica no mundo, tendo cerca de 5% de toda a biodiversidade do planeta. O segundo maior bioma do Brasil tem também grande importância social, pois muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, comunidades quilombolas e povos tradicionais que, juntos, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade. No entanto, mesmo sendo muito importante, o bioma Cerrado ainda não é reconhecido como Patrimônio Nacional.

Apesar de toda a riqueza, o Cerrado também é um dos biomas mais ameaçados do país. Segundo resultados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite (MMA/Ibama/Pnud), entre 2002 e 2008, o Cerrado teve a sua cobertura vegetal suprimida em 85.074 quilômetros quadrados, o que representa uma taxa, nesse período, de aproximadamente 14.200 km²/ano. 

Pelo menos durante a semana em que acontece o Dia do Cerrado, sua importância deve ser discutida e, estando em pauta, ele se torna um pouco mais conhecido pela sociedade. E tornando-se conhecido, será possível ser mais valorizado, respeitado e preservado.




sábado, 12 de março de 2011

O REI DO CERRADO

Pertencente à família Caryocaraceae, o pequi é uma espécie vegetal de grande valor econômico para o bioma do Cerrado. Nesse ambiente, é registrada a ocorrência de duas espécies: Caryocar brasiliense e Caryocar glabrum.
 


A primeira espécie ocorre com mais freqüência do centro-sul de Goiás ao Mato Grosso do Sul, as plantas atingem até seis metros de altura, têm folhas largas e frutos arredondados de até dez centímetros de diâmetro. A segunda espécie é mais freqüente na bacia do médio Rio Tocantins e na vertente oeste do Rio São Francisco (oeste da Bahia, oeste e norte de Minas Gerais). A planta é maior que a primeira espécie e os frutos também.
A florada do Rei do Cerrado acontece nos meses de outubro e novembro e a coleta dos frutos entre os meses de dezembro e fevereiro. Das chapadas nasce, cresce e frutifica, apesar da hostilidade da terra e dos homens.
É como as aves do céu, os peixes dos rios, como pastagens nativas, como todos os frutos silvestres. Não tem dono certo. Dono é quem os colheu, os caçou e pescou.  "É tempo de pequi cada um cuida de si", velho ditado sertanejo. 
Um pequizeiro pode produzir até seis mil frutos, que vão amadurecendo paulatinamente e caindo... Não se apanha o fruto do pé.
Por isso é que quando o pequi começa a soltar os frutos, os campos se povoam de mulheres, homens e crianças. O convite se espalha. Os moradores próximos do pequizeiro levantam cedo. Três, quatro horas da madrugada. Os frutos sazonados caem durante a noite.
Em ambas as espécies, a castanha é recoberta por um invólucro rico em espinhos pretos e finos. O invólucro é revestido por uma polpa amarelada (às vezes mais esbranquiçada), pastosa, farinácea, oleaginosa e rica em proteínas e vitaminas A, C e E.
Quem chega primeiro pega o maior número.
Algumas famílias, bem integradas ao ciclo do pequi, mudam-se com armas e bagagens para dentro do pequizal, improvisando moradias de palhas de pindoba, e ali, permanecem toda a safra, de dezembro a fevereiro, realizando, toda a série artesanal do pequi-colheita, venda do fruto no mercado, produção do óleo de polpa, extração da castanha para paçoca e óleo branco, fabricação de sabão - três meses de atividade, alegria e fartura. 
As populações indígenas, caboclas e sertanejas têm utilizado o pequi de diversas maneiras: produção de óleo comestível, preparo de pratos e fabricação de licores, conservas, doces, geléias e sabões.





Conheça a lenda do Pequi:  http://www.altiplano.com.br/Pequi6.html

O Pequizeiro é escolhido a árvore simbolo de Minas Gerais: http://www.altiplano.com.br/0602pequi19.html

Fonte: Frutas Nativas dos Cerrados / José Antonio da Silva et all. - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados. Brasília: EMPRAPA - CPAC, 1994.  http://www.altiplano.com.br/Pequi2.html ; http://www.biologo.com.br/plantas/cerrado/pequi.html ;            http://www.arara.fr/BBPEQUI.html ; Fotos: José Felipe Ribeiro; Fábio Marçal; Ledinha Nardelli; Fábio Soares; Paulo de Tarso.